Estrias, flacidez, rejuvenescimento corporal
As Estrias
São causadas pela ruptura das
fibras elásticas da derme, identificadas por pequenas rugas transversais que
desaparecem com a tração do segmento.
O rompimento das fibras elásticas
também contribui para uma atrofia dérmica, sendo definida como uma atrofia
tegumentar adquirida.
As estrias surgem
perpendicularmente ao eixo de maior tensão da pele e acompanham as linhas de
clivagem (linhas de Langer) e tendem à bilateralidade.
As estrias são chamadas de
atróficas em virtude de algumas particularidades encontradas na região
estriada, como a diminuição da espessura da pele, pregueamento, adelgamento,
secura, redução da elasticidade e ausência de pelos.
Inicialmente as estrias possuem
uma coloração avermelhada (estrias rubras), e após algum tempo, começam a
apresentar uma parência branco nacarada.
Não ocasionam nenhum problema
médico significativo, porém podem gerar sofrimento e redução da auto-estima
para os indivíduos atingidos.
Acomete ambos os sexos, sendo
mais frequente no sexo feminino, com maior incidência entre os 12 e 14 anos. Acomente principalmente os seios, glúteos, abdômen,
região lomno-sacra e coxas.
No sexo masculino é mais
frequente entre 12 e 15 anos. Nas regiões do abdômen lombo-sacra, coxas, toraz,
, porção anterior do cotovelo e antebraço, região ilíaca, fossa poplítea.
É causada primeiramente por:
Fatores Genéticos: os genes determinantes para a formação do
colágeno, da elastina e da fibronectina, estejam diminuídos em pacientes portadores
de atrofia linear cutânea, ocasionando alteração no mecanismo do fibroblasto.
Agentes Mecânicos: o estiramento excessivo da pele, especialmente o
que ocorre repentinamente, com subsequente danos das fibras elásticas e de
colágeno. Também são consideradas como sequelas de períodos de rápido
crescimento como no casa de estirão de crescimento, gestação, hipertrofia
muscular e obesidade.
Fatores Endócrinos e Bioquímicos: estudos demonstram qua a ação do
cortocóide na pele pode contribuir para a formação de estrias. Também foi
observado que a falência ovariana na produção de progesterona, tende a acelerar
o envelhecimento cutâneo. A ausência do estradiol (principal hormônio produzido
pelo folículo ovariano e que tem como função a elasticidade da pele e dos vasos
sanguíneos) deixa a atividade mitótica da camada basal da epiderme mais lenta,
reduzindo assim, a síntese de colágeno e provavelmente das fibras elásticas
contribuindo para a deteriorização das propriedades mecânicas da pele. Outro estudo
relacionou o surgimento das estrias ao uso de anabolizantes.
Histopatologia
A nossa pele possui linhas
naturais de força e de tensão. Que são as linhas de direcionamento das fibras
do tecido conjuntivo.
As estrias são o estiramento
excessivo do tecido além do seu limite, onde ocorre o rompimento das fibras
elásticas em razão das forças de tensão ultrapassarem o limite elástico da
pele. Ocorrendo a fragmentação do colágeno e uma disfunção fibroblástica em
razão da distenção da pele acarretando um t4ecido conectivo suscetível à
formação de estrias.
Alguns autores relatam que a
estria é o resultado de uma reação inflamatória inicial (o que justifica a
coloração avermemlhada inicial) gerando a destruição das fibras elásticas e
colágenas. O processo seria então de regeneração das fibras elásticas em
direção imposta pelas forças mecânicas.
Mencionam também que a formação
da estria pode ser um fenômeno de remodelação dinâmica, onde ocorre um balanço
entre a síntese de colágeno e sua quebra
reestruturando o tecido para acomodar as forças que agem sobre ele.
A saúde da pele, através do estudo dos seus genes
SNP’s Relacionados ao Risco da Saúde da Pele
1. Proteção ao Colágeno
(Gene MMP1) Função Normal: Degradação de colágeno em processos fisiológicos (normais) do organismo. Função Alterada: Potencializa a degradação do colágeno.
2. FotoEnvelhecimento
(Gene NQO1) Função Normal: Ativação da enzima antioxidante CoQ10. Função Alterada: Perda da capacidade de ativar a CoQ10.
3. Resposta Inflamatória
(TNF-a) Função Normal: Citocina pró-inflamatória. Função Alterada: Exacerbação dos processos inflamatórios frente a tratamentos cosméticos, incluindo o uso de preenchedores.
4. Destoxificação
(EPHX) Função Normal: Atua como destoxificadora e protege a pele dos danos ocasionados por epóxidos, poluentes ambientais, cigarros, álcool etc. Função Alterada: Deficiência em metabolizar compostos aromáticos.
(GSTP1) Função Normal: Enzima destoxificante. Função Alterada: Atividade reduzida da enzima.
5. Antioxidantes
(SOD2) Função Normal: Enzima antioxidante presente na matriz mitocondrial. Função Alterada: Atividade reduzida na mitocôndria.
(SOD3) Função Normal: Enzima antioxidante presente na matriz extracelular. Função Alterada: Atividade reduzida da enzima.
(GPx1) Função Normal: Enzima antioxidante. Função Alterada: Atividade reduzida da enzima.
(CAT) Função Normal: Enzima antioxidante presente nos peroxissomos. Função Alterada: Atividade reduzida da enzima.
6. Dermatite Atópica
(FLG1) Função Normal: Promove a agregação dos filamentos de queratina da epiderme. Função Alterada: Propensão ao desenvolvimento de dermatite atópica.
(FLG2) Função Normal: Promove a agregação dos filamentos de queratina da epiderme. Função Alterada: Propensão ao desenvolvimento de dermatite atópica.